domingo, 21 de dezembro de 2014

Um vinho do sul da Argentina, demonstrando que não é só em Mendoza que se produz alta qualdiade!

Desierto Pampa - 2009
Bodega del Desierto




   Amigos, este corte de 40% Malbec, 30% Cabernet Franc e 30% Merlot é bastante diferente do que estamos acostumados na Argentina. É potente nos seus 14,5% de álcool, mas ao mesmo tempo uma explosão de fruta no nariz e boca. Produzido em uma região ainda não muito conhecida pelo seus vinhos, na localidade de 25 de Mayo na província de La Pampa, sul da Argentina. Espero que gostem tanto como eu!


Cor:  vermelho de média intensidade, puxando para o rubi. Com bom brilho, lembra muito na coloração os vinhos borgonha.

Aroma: muita fruta vermelha, notas de chocolate, cacau, frutos cristalizados e algo de especiarias, fruto dos seus 18 meses de barrica francesa.

Boca: apresenta-se com boa intensidade de corpo, com permanência impressionante, frutas vermelhas e negras em boca, com entrada doce e taninos potentes.

Nota: 91 pontos

Degustado por: Alexandre Frio

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Top 100 Wine Spectator 2014, saiu a lista completa dos 100 melhores vinhos deste ano!

   Foi divulgada a lista dos 100 melhores vinhos de 2014 segundo a revista Wine Spectator. 
Nossos vizinhos argentinos classificaram 4 rótulos, o Chile emplacou  6  rótulos (incusive um entre os top 10) e Portugal  6 rótulos, inclusive o “Wine of the Year”:

Saludos e bons vinhos
Alexandre Frio


segunda-feira, 3 de novembro de 2014

História: Baco e Dionisio, os deuses do vinho!

    Amigos, resolvi compartilhar aqui um pouco da história por trás dos Deuses do vinho Baco e Dionísio. Estas duas figuras são constantemente relacionados ao vinho e achei legal abrir um espaço para conhece-los melhor.

Saludos e Bons Vinhos
Alexandre Frio

Estátua romana do Século II representando Dioniso
 de acordo com um modelo helenístico, exposta no Louvre.

        Dionisio era o deus grego equivalente ao deus romano Baco, dos ciclos vitais, das festas, do vinho, da insânia, mas, sobretudo, da intoxicação que funde o bebedor com a deidade. Filho de Zeus e da princesa Semele, foi o único deus olimpiano filho de uma mortal, o que faz dele uma divindade grega atípica.

      Zeus engravidou Sêmele, sem o conhecimento de Hera, e prometeu a Sêmele que esta poderia pedir o que quisesse; enganada por Hera, ela pediu que Zeus se mostrasse a ela na sua forma real, como ele se mostrava para Hera. Sem poder recusar, Zeus aparece em uma carruagem de raios e trovões, e Sêmele morre, por causa do susto; Zeus pega o bebê prematuro de seis meses, e o cria na sua coxa. As irmãs de Sêmele, porém, disseram que ela tinha engravidado de um mortal, falsamente acusando Zeus de tê-la assassinado com um raio.

      Nas lendas romanas, Dioniso tornou-se Baco, que se transforma em leão para lutar e devorar os gigantes que escalavam o céu e depois foi considerado por Zeus como o mais poderoso dos deuses.

      Baco é geralmente representado sob a forma de um jovem imberbe, risonho e festivo, de longa cabeleira loira e flutuante, tendo, em uma das mãos, um cacho de uvas ou uma taça, e, na outra, um tirso (um dardo) enfeitado de folhagens e fitas. Tem o corpo coberto com um manto de pele de leão ou de leopardo, traz na cabeça uma coroa de pâmpanos, e dirige uma carruagem tirada por leões.

     Também pode ser representado sentado sobre um tonel, com uma taça na mão, a transbordar de vinho generoso, onde ele absorve a embriaguez que o torna cambaleante. Eram-lhe consagrados: a pega, o bode e a lebre.

Baco, pintura de Caravaggio, na Galleria degli Uffizi, Florença


quinta-feira, 30 de outubro de 2014

França recupera topo do ranking de fabricante de vinho após o mau tempo que atinge a colheita da Itália

   


     França recuperou o seu assento como o maior produtor de vinho do mundo em 2014, superando a principal concorrente - a Itália, devido a má colheita realizada neste ano. A Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), anunciou na última quinta-feira esta nova tomada de posição francesa.

     A França, que foi ultrapassado em produção pela Itália há dois anos, produziu 46,2 milhões de hectolitros de vinho este ano, um aumento de 10 por cento do ano passado, disse que a OIV.

     Este ano, foi cerca de 2 milhões de hectolitros acima da produção da Itália, que caiu 15 por cento, para 44,4 milhões de hectolitros, após excepcional mau tempo em grande parte do seu território de produção de vinho.

    A Espanha é o terceiro maior produtor deste ano, com saída a 37 milhões de hectolitros, uma queda de 19 por cento da sua produção recorde de mais de 45,6 milhões visto em 2013.

   Nos Estados Unidos, o quarto maior produtor de vinho do mundo, a produção caiu 4 por cento, para 22,5 milhões de hectolitros, em comparação com o ano passado, depois de um terremoto em agosto e mau tempo no mês passado na Califórnia.

     Os grandes produtores da Bulgária e da Romênia viram seu mergulho de saída em 30 por cento e 20 por cento ano-a-ano, respectivamente, tendo sofrido condições meteorológicas particularmente adversas.

   A OIV disse que a produção total de vinho mundial caiu 6 por cento, para 271 milhões de hectolitros em 2014 em comparação a 2013.

    OIV não deu previsões de consumo definitivos para 2014, mas disse que as tendências iniciais apontavam para cerca de 243 milhões de hectolitros, o que deve ser suficiente para atender às necessidades industriais e do consumidor. Estes incluem destilados e vinagre.

Fonte: Adega24

domingo, 26 de outubro de 2014

Mais um Malbec para a coleção.

Alta Vista Premium - Malbec 2012
Bodega Alta Vista



   Amigos, mais um vinho Argentino para nosso blog, e mais um Malbec. O ponto principal aqui é que este vinho merecia mais tempo em garrafa para estabilizar. Boa relação custo benefício.


Cor:  vermelho violáceo intenso, com bom brilho, limpidez inmelhorável e lagrimas densas.

Aroma: madeira presente, notas discretas de café, chocolate e couro. Notas de frutos negros, mas a fruta não é o forte deste vinho pelo menos no aroma.

Boca: apresenta-se com bom corpo, untuoso e adstringente, a fruta se manifesta mais em boca que no aroma, acidez ainda marcada o que nos leva a acreditar que este vinho tem bastante tempo de evolução pela frente

Nota: 89 pontos

Degustado por: Alexandre Frio & Raquel

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Curiosidades: 10 Fatos sobre o vinho

Amigos,

Encontrei essa reportagem abaixo e achei interessante, alguns fatos inusitados que acredito a maioria de vocês desconhece sobre o mundo do vinho.


Saludos e bons vinhos

Alexandre Frio



  1. O vinho foi produzido pela primeira vez cerca de 8.000 anos atrás, no Sul do Cáucaso, de acordo com cientistas, que testaram resíduos de um antigo caco de cerâmica datado de cerca de 6000 aC. Significa que a história esperou cerca de 2.500 anos até ver seu primeiro motorista bêbado. A roda só foi inventada cerca de 3.500 aC.
  2. Mesmo em seu consumo de vinho, o presidente Richard Nixon foi sorrateiro. Ele oferecia vinho comum para seus convidados enquanto os garçons serviam Chateau Margaux na sua taça de uma garrafa envolvida com uma toalha ou guardanapo para esconder o rótulo.
  3. Uvas para vinho são bastante complexas. A soberba do vintage requer uma combinação perfeita de sol, solo e chuva, e é por isso que os cientistas dizem que você vai dizer bye-bye para vinhos Bordeaux e do Napa Valley já em 2050 por causa do aquecimento global, que vai proporcionar condições de crescimento de primeira linha em outros lugares - a tal vinho hot spots como a Grã-Bretanha, Holanda e da área do Parque Nacional de Yellowstone do Oeste americano.
  4. O que você chama um leprechaun como a criatura que gosta de beber? É uma cluricaun. De acordo com uma lenda folclórica irlandesa, Cluricauns são fadas que pairam em torno da adega, ou que cuidam do estoque ou ambos.
  5. Em meados da década de 1980, cerca de 36 milhões de garrafas de vinho não foram consumidas, com seu conteúdo utilizado para arrefecer os fornos de uma fábrica de cimento. Por quê? Como os produtores austríacos haviam adulterado os seus vinhos com uma substância tóxica, dietilenoglicol, para adoçar e tornar mais valioso. Eles foram pegos, e o vinho foi proibido. Ninguém morreu no escândalo, mas a indústria do vinho austríaco foi gravemente atingida e agora produz vinhos do mais alto nível e tem uma das leis mais rígidas de vinho do mundo.
  6. Benjamin Franklin escreveu uma famosa carta a um amigo alegre de que o vinho é "uma prova constante de que Deus nos ama." Mais tarde, na mesma carta, para fortalecer o seu argumento, ele levanta um brinde para o cotovelo, tão engenhosamente concebido de forma a permitir que o braço para elevar uma taça de vinho "exatamente para a boca", um claro sinal de Deus "sabedoria benevolente."
  7. Muitas pessoas já devem ter visto ou ouvido falar numa magnum de vinho, o equivalente a duas garrafas regulares. Mas que tal um Jeroboão (seis), Salmanazar (12), uma Balthazar (16) ou um Nabucodonosor, o equivalente a 20 garrafas? As garrafas maiores são valorizadas pela sua raridade e também porque o vinho envelhece mais lentamente.
  8. Não era a noite de William Sokolin. Em um encontro de entusiastas do vinho do Four Seasons, em Manhattan, em abril de 1989, ele estava mostrando uma garrafa de Chateau Margaux 1787 vintage, que vale uma fortuna, mas esta garrafa, gravada com as iniciais "Th J," se acreditava que viesse da adega de Thomas Jefferson. Sokolin disse que valia mais do que 519 mil dólares. Infelizmente, ele atingiu acidentalmente a garrafa contra uma mesa, fazendo dois furos na parte de trás da garrafa. O vinho derramou. Horrorizado, ele saiu correndo do restaurante com a garrafa quebrada e foi direto para casa. Mas sua má noite não havia terminado. Ele participou do evento com sua esposa. Ela teve que pedir emprestado dinheiro para o táxi para chegar em casa.
  9. Antes que os engarrafadores Champagne aperfeiçoassem o uso da cortiça, a bebida era chamada de "vinho do diabo", porque os frascos eram propensos a quebrar se empurrados - ou até mesmo a explodir, sem aviso prévio, se o gás fosse acumulado em uma garrafa com defeito.
  10. Ludwig van Beethoven, em seu leito de morte, aceitou um desfile de bolos e bebidas. Mas a chegada de uma caixa de vinho Rudesheimer Berg inspirou suas últimas palavras: "Piedade, piedade - tarde demais!
Fonte: Adega24

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Viagem a França: Champagne parte 04 – Visita na Veuve Clicquot



Amigos, ando afastado do blog por motivos de trabalho e peço desculpa aqueles que costumam acompanhar o blog. Vou me esforçar para voltar ao ritmo. 

Continuando nossa maratona pela Região da Champagne, fomos visitar a Veuve Clicquot em Reims, famosa mundialmente e bastante presente no Brasil.

Em primeiro lugar as caves da Veuve Clicquot são um show a parte nos seus 24km de galerias nos subterrâneos da cidade com um formato piramidal espetacular.



A visita é muito rica em detalhes sobre a história desta casa de champagne fundada em 1772 que originalmente produzia vinhos tranquilos, um certo dia seu fundador Philippe Clicquot-Muiron resolve enviar para alguns clientes na Itália (como cortesia) algumas caixas de  um vinho espumante que ele começara a produzir. Podemos imaginar que as borbulhas caíram no gosto dos clientes e em pouco tempo a demanda de champagne superou muito a de vinhos e hoje a casa somente produz champagnes.



A história da Famosa Madame Veuve Clicquot é muito interessante e longa, por isso deixo aqui o link do site para que vocês possam ler, mas um detalhe interessante é que ela assumiu a vinícola em 1805 aos 27 anos após a morte prematura de seu marido. O sogro  queria vender a vinícola mas com ajuda do pai (banqueiro influente e prefeito de Reims) ela convence o sogro a deixar a empresa a cargo dela. Depois de alguns anos de péssimas safras em 1810 uma colheita espetacular, a Madame Clicquot cria o primeiro Champagne Vintage. Esta foi apenas uma das inúmeras colaborações da Madame Clicquot para a produção do champagne.



Voltando ao que interessa, ao final da visita degustamos o Champagne La Grande Dame, vintage 2004 e o espumante da primeira linha da casa (custa mais de 100 euros por isso ficamos somente na degustação). Posso afirmar que foi o melhor  champagne que provei na viagem, com uma riqueza de aromas simplesmente espetacular, desde notas de levedura e pão á frutas tropicais como pêssego uma experiência inesquecível.



Saludos e Bons vinhos

Alexandre Frio

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Hospital francês terá bar de vinhos para pacientes terminais

Amigos,

Os mais próximos sempre me escutaram dizer que o vinho é remédio, ele realmente é... segue ai a prova!
Saludos e bons vinhos
Alexandre Frio

Ideia é que os pacientes terminais tenham diversão e entretenimento com parentes e amigos


     Um bar de vinhos será aberto em setembro em um hospital da cidade de Clermont-Ferrand, no centro da França. Sua inauguração parte de uma ideia da Dra. Virginie Guastella, a qual visa melhorar a qualidade de vida dos pacientes terminais, promovendo uma melhor interação com suas famílias. 
     Para Guastella, os pacientes em estado terminal tem total direito de se divertir. Ela acredita que nada deve impedir que alguém desfrute de algo que os franceses tanto valorizam: um momento descontraído com a família e amigos na companhia de um bom vinho. 
    O bar será abastecido por uma adega do próprio hospital, que disponibilizará vinhos, champanhes e uísques, todos doados por instituições locais. O hospital espera que ainda possa acrescentar à adega uma seleção de grand crus finos. 

Seio de Kate Moss serve de molde para taça de Champagne

   Em comemoração ao aniversário de 40 anos e também 25 anos de carreira da supermodelo britânica Kate Moss, a artista Jane McAdam Freud em colaboração com o restaurante 34, de Londres, decidiu criar uma taça especial para Champagne moldada no seio esquerdo da beldade, que será lançada no restaurante no dia 8 de outubro, com a presença de Moss e amigos, e preenchida com Champagne Dom Pérignon.



    Moss é uma das modelos mais famosas do mundo, tornando-se uma das mais bem pagas, segundo a revista Forbes, entre os anos de 2006 e 2009. Ainda hoje, porém, sua beleza é cultuada. Sua relação com a artista é antiga, já que o pai de Jane McAdam, o consagrado Lucian Freud pintou um célebre retrato da modelo nua quando estava grávida.

    A taça modalda no seio esquerdo de Moss (por que o esquerdo não se sabe) é trabalhada com desenhos de padrões influenciados pela Art Deco com assinatura da modelo na base. A inspiração para se fazer uma taça de Champagne moldada no seio de uma mulher é antiga, pois que acredita-se que as primeiras tenham sido inspiradas no seio da controversa rainha francesa Maria Antonieta.

    Moss, aliás, declarou-se excitada em participar desse projeto e evocou a rainha: "Estou muito empolgada. É uma honra estar ao lado de Maria Antonieta, que foi uma personalidade intrigante e maliciosa. O Champagne sempre esteve associado à celebração e ocasiões festivas e me diverti criando essa taça".

     Moss, contudo, não é a primeira modelo a ser homenageada dessa inusitada forma. Em 2008, o estilista Karl Lagerfeld e a marca Dom Pérignon usaram o molde do seio de Claudia Schiffer para criar uma taça de porcelana.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Viagem a França: Champagne parte 03 – Les crus de Champagne

Amigos,

   Como visto em posts anteriores, a região da champagne (como outras regiões vinícolas da França) se dividem em pequenas parcelas os Crus. Temos três tipos básicos de Crus nomeados pela  Échelle des Crus, são eles:


  • Grand Crus – parcela que representa somente 17 vinhedos em toda a champagne, são as melhores parcelas que existem segundo a última classificação em 1985, daí saem as melhores uvas para a produção dos melhores champagnes.
  • Premier Crus – é o segundo em classificação de qualidade, são responsáveis por 44 vinhedos na região da champagne
  • Outras parcelas – os demais vinhedos (257 no total) não possuem uma classificação de Grand Cru ou Premier Cru, e representam o grande volume de uvas para produção de champagne.



    Abaixo podemos ver o mapa de onde se encontram a distribuição dos vinhedos na Champagne, na Côte de Blancs ao sul da cidade de Epernay é onde as melhores uvas Chardonay são cultivadas, já os Pinot Noir se encontram ao sul da cidade de Reims na região conhecida como Montagne de Reims, no  Vallée de la Marne a oeste de Epernay esão os melhores Pinot Meunier. Os melhores Crus



    Espero ter ajudado um pouco a conhecer melhor a classificação dos champagnes e sua região de cultivo.

Saludos e bons vinhos
Alexandre Frio

domingo, 10 de agosto de 2014

Viagem à França: Champagne parte 02 – Mercier

Amigos, deixei por um bom tempo de lado a continuação dos posts sobre a minha viagem à França em Abril. Vamos retomar, continunando na Chamapgne, agora falando sobre a visita à Mercier. Espero que gostem!


     Continuando nossa jornada pela Champagne estivemos visitando a Mercier, outra famosa casa de champagnes. A visita é feita em um pequeno trem, o que veio muito em boa hora pois estávamos já um pouco cansados.




      Antes de falar da Mercier, vale a pena lembrar que o champagne para poder ser chamado assim precisa de algumas coisas, entre elas: ser feito apenas de uvas Pinot Noir, Pinot Meunier e Chardonay. Deve ser proveniente de vinhedos da região de champagne e deve obrigatoriamente ser feito pelo método chapanoise (ou tradicional) onde a segunda ferementação é na garrafa. Vou falar mais sobre a região do champagne e as normas para sua produção mais a frente em outro post.

    Voltando a Mercier, uma particularidade desta casa é a história do seu fundador Eugène Mercier, um homem a frente de seu tempo, que sempre buscou fazer com que sua marca se destacasse. Em 1889 Eugène levou para a exposição de Paris sua barrica com capacidade de 215.000 litros/garrafas a qual sua idéia era poder produzir champagne a volumes que pudessem ser acessíveis aos cidadãos comuns e é claro para fazer um bom marketing. 


   Fizemos a degustação de 3 espumantes todos muito bons e trouxemos para casa um espumante da linha tradicional (não vintage).


O que são champagnes vintage?
    
    Os chapagnes não vintage são mesclas de diversas parcelas ou Crus (vou explicar em outro post o que são os Crus) onde se busca manter o mesmo nível de qualidade todos os anos, ou seja, buscam padronização. Os Vintages por sua vez são feitos somente com uvas colhidas no ano que indica a garrafa. Sempre são anos excepecionais onde se pode fazer um champagne diferenciado e com grande capacidade de guarda.

Foi mais uma excelente experiência no mundo do Chapagne.

Saludos e bons vinhos
Alexandre Frio

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Maison Veuve Clicquot lança adega submersa no mar Báltico

Amigos, encontrei este artigo em um site que fala bastante sobre vinho entre outras coisas, espero que gostem.

Saludos e bons vinhos
Alexandre Frio

     A Maison Veuve Clicquot acaba de lançar o projeto “Cellar in the Sea”, para analisar de maneira controlada como funciona o processo de envelhecimento de champagnes no fundo do mar. O experimento envolveu a submersão de uma seleção de garrafas de Veuve Clicquot – desde os tradicionais Brut Yellow Label e Demi-Sec ao sofisticado Rosé Vintage 2004 – no mar Báltico, dentro de uma adega projetada especialmente para isso.




Assista ao vídeo publicitário:




     A adega foi submersa bem próxima ao Arquipélago de Åland (Finlândia), local onde, em 2010, 47 garrafas de Veuve Clicquot – datadas de 1840 – foram descobertas num navio naufragado. Tudo para recriar o mesmo ambiente de envelhecimento que garantiu às garrafas encontradas serem consideradas com ótimas condições de degustação.


     A Veuve Clicquot fará retiradas periódicas dessas garrafas no fundo do mar para comparar a uma seleção semelhante de champagnes mantidos nas adegas da Maison Clicquot, em Reims, na França. Na tentativa de desvendar os segredos do envelhecimento no fundo do mar, essas análises serão coordenadas pelo chef de cave da Maison, Dominique Demarville.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Rio de vinho surge em Bento Gonçalves na serra gaucha!

Amigos, vejam isso, seria um milagre?? Na verdade não é, mas com certeza uma cena inusitada! Não adianta correr pra lá pois o rio já secou. Confiram a notícia abaixo.

Saludos e bons vinhos
Alexandre Frio



Um cano de PVC do vinhoduto da Cooperativa Vinícola Aurora de Bento Gonçalves, que conduz vinho de mesa entre as unidades Olavo Bilac e Assis Brasil, rompeu na tarde desta quarta-feira espalhando vinho pela Rua 13 de Maio, no bairro Cidade Alta. O processo de transferência da bebida foi interrompido. 

— Não sabemos o que ocasionou o rompimento, mas já entramos em contato com a Secretaria de Obras para abrir o local. Só assim vamos entender o que ocorreu para saber o que é necessário fazer — informa a gerente de marketing da empresa, Lourdes Conci da Silva.

Conforme o funcionário da Secretaria de Obras de Bento, Ivo Sgarbossa, o reparo foi autorizado apenas para o domingo para evitar transtornos. O trânsito ficará em meia pista durante a obra. Por meio de nota, a vinícola informou que arcará com todos os custos do conserto.

Fonte: ZH Notícias

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Degustação Vinhos da Aracurí - Campos de Cima da Serra

Amigos,

Na ultima terça-feira, tive o privilégio de participar de uma degustação da vinícola Aracurí. O evento ocorreu na cidade de Montenegro, e teve organização do meu amigo e enófilo José Castro Pinto ( Zezé).

Nesta oportunidade a enóloga da Aracurí, Paula Guerra Schenato, nos apresentou a linha completa da vinícola e tivemos a oportunidade de degustar 7 vinhos, sendo eles: 2 espumantes (um produzido pelo método charmat e outro champanoise), 2 brancos e 3 tintos. 

Espumantes:

O primeiro espumante degustado foi um charmat feito 100% de Chardonay, bastante equilibrado e fresco
Logo após um excelente Blanc de Noir feito 100% de Pinot Noir vinificado em branco pelo método tradicional, uma surpresa muito interessante



Brancos:

O primeiro Chardonay se apresentou com uma doçura impressionante e com um toque de madeira que conferiu um charme especial ao vinho.
O Sauvignon Blanc com muita expressão do varietal diferente de tudo que provei em termos de Sauvignon Blanc nacionais, uma mineralidade no paladar e aromas herbáceos.




Tintos

Dentro dos tintos destaco o Collector, um cabernet sauvignon com passagem em barrica (12 meses 70% do volume) e boa acidez, mostra potencial de guarda mas já está em ótimo estado de evolução.




A vinícola Aracurí fica no município de Muitos Capões (próximo a cidade de Vacaria) nos Campos de Cima da Serra e possui atualmente 10 hectares plantados a uma altitude de 960 metros sobre o nível do mar.

Esse novo terroir brasileiro me surpreendeu e acredito que temos uma grande promessa para vinhos de guarda, devido a alta acidez obtida nos vinhos desta região. Recomendo aos enófilos de plantão buscarem vinhos desta região, é muito diferente do que estamos acostumados das outras regiões do Brasil.

Mais informações sobre os vinhos e sobre a vinícola no site: http://www.aracuri.com.br/


Saludos e bons vinhos
Alexandre Frio

domingo, 13 de julho de 2014

Um blend de Cabernets que surpreendeu...

PAZ Cabernet Sauvignon/Cabernet Franc - 2010
Bodega Finca Las Moras




   Amigos, mais um vinho Argentino que surpreende. Pode me chamar de tendencioso, mas os ultimos dois anos morando na Argentina deixaram meu paladar bastante treinado para este terroir e estilo de vinho. Agora de volta ao Brasil meu grande objetivo é mergulhar no mundo do vinho nacional e de outras regiões do mundo.

    Mas falando do nosso vinho em questão, esse blend de cabernets com 15 meses de barrica, surpreendeu pela fruta (depois de algumas horas aberto). No início como era de se esperar prevaleceu a madeira e os taninos...

Cor: vermelho grená, com bom brilho, limpidez inmelhorável e lagrimas densas denunciando a densidade que se percebe em boca.

Aroma: madeira bastante presente, frutas negras maduras, notas de café, muito intenso no aroma.

Boca: um vinho untuoso, entra macio e enche a boca. A fruta se evidencia mais em boca que no aroma, com uma permanência muito boa e adstringência moderada, taninos bastante presentes.

Nota: 88 pontos

Degustado por: Alexandre Frio


sexta-feira, 11 de julho de 2014

Taças capítulo 03 - Final

Amigos, vamos ao ultimo post sobre taças... Mitos, cuidados e manuseio. Espero que tenham gostado da série.

Saludos e bons vinhos
Alexandre Frio

MITO DE MARIA ANTONIETA

Você já deve ter visto taças baixas e largas como sendo de Champagne. Seu uso era muito comum em outras épocas. Diz a lenda que seu formato foi moldado no seio de Maria Antonieta. Sua boca é larga, o que dificulta a formação de espuma e, assim, faz com que os aromas se dispersem no ar. Além disso, sua altura pequena não permite o correto desprendimento das borbulhas. Evite-as.



LAVE SUAS TAÇAS

    Uma vez que você já possui as taças, é imprescindível que cuide bem delas, caso contrário, rapidamente seu prazer ao degustar será prejudicado. Para laválas, recomenda-se água morna e uma quantidade mínima de detergente líquido. Com ele, todo cuidado é pouco. Se a taça não for bem enxaguada, o produto pode alterar o sabor e o aroma do vinho e, no caso do Champagne, impedirá que se formem as borbulhas.
Há ainda outras regras mais do que essenciais: sempre enxaguar muito bem os copos e depois secá-los com cuidado, preferencialmente com um pano de linho; nunca secar segurando a base com uma mão e girando a taça com a outra em direções opostas; e, finalmente, guardar os copos em um local completamente livre de odores.


SEGURE CORRETAMENTE

Todas as taças possuem haste e ela não está lá para nada. A haste serve para que você segure de maneira correta, sem encher o bojo da taça com marcas de dedos, por exemplo, além de minimizar o aquecimento do líquido quando em contato com a mão.


sábado, 5 de julho de 2014

Taças capítulo 02, os tipos!

Continuando a maratona sobre taças... vamos aos tipos

Saludos e bons vinhos
Alexandre Frio


Tipos Básicos de Taças:

Para vinhos tintos

O vinho tinto precisa de espaço para respirar, pois tem aromas e sabores muito intensos. Por isso, a taça tem corpo grande, fazendo com que se libere toda a sua potência. O formato também é ideal para que a bebida possa "dançar". Por esse motivo, também é importante lembrar que ela deve apenas ser preenchida até um terço de sua capacidade.
Existem dois tipos comuns de recipientes de vinho tinto: Bordeaux e Borgonha, taças batizadas com esses nomes por causa das famosas regiões produtoras da França.

Bordeaux

As taças Bordeaux foram feitas para abrigar vinhos mais encorpados e ricos em tanino, feitos principalmente a partir da uva Cabernet Sauvignon. Elas possuem o bojo grande, mas têm a borda mais fechada para evitar a dispersão de aromas, concentrando- os. A aba fina direciona o vinho para a ponta da língua, permitindo que a untuosidade e os sabores frutados dominem antes que os taninos sejam direcionados para a parte de trás da boca. É indicada para Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Syrah, Tannat, entre outras uvas.



Borgonha

Os vinhos da Borgonha são mais complexos e concentrados, produzidos principalmente com a uva Pinot Noir. Portanto, as taças são em formato balão (ou seja, com bojo maior do que as Bordeaux) para que haja mais contato com o ar, o que permite que o buquê se libere mais rapidamente. Este recipiente foi feito para que o vinho explore muito o nariz. O formato direciona o fluxo acima da ponta e do centro da língua, diminuindo a acidez e acentuando as qualidades mais arredondadas e maduras do vinho. Além da Pinot Noir, também é ideal para que sejam apreciados vinhos Rioja tradicional, Barbera Barricato, Amarone, Nebbiolo etc.



Para vinhos brancos

As taças têm corpo menor do que as para vinho tinto por dois motivos. Primeiro, o vinho branco precisa ser consumido em temperaturas mais baixas e, portanto, em um recipiente menor, que permita menos trocas de calor com o ambiente. Segundo, porque precisa que sejam realçadas as notas de frutas. A aba estreita entrega o fluxo do vinho através das áreas da língua com equilíbrio entre doçura e acidez, crucial para os brancos.



Para vinhos rosados

Os vinhos rosés possuem os taninos dos tintos, mas os aromas dos brancos. Por esse motivo, a taça costuma ser menor que a dos brancos, mas com bojo maior. Ela deve acentuar a acidez do vinho, equilibrando assim sua doçura. Se não tiver uma taça específica para rosés (poucas marcas possuem), pode usar uma para vinho branco.


Para vinhos doces e fortificados

Possuem bojo pequeno, justamente porque as pessoas consomem vinhos doces e fortificados em quantidades menores. Também são mais estreitas na parte superior. Seu design ajuda a conduzir o fluxo da bebida diretamente para a ponta da língua, região onde os sabores doces são mais percebidos.


Taça ISO

Por fim, existe a taça ISO (International Standards Organization), criada em 1970. Ela é uma espécie de taça coringa, pois serve para todos os tipos de vinho. É muito utilizada para degustações técnicas, para que possa ser mantida uma referência entre diversos tipos de fermentado. Por isso, pode ser um dos melhores modelos para começar o seu acervo. Ela é relativamente pequena e totalmente cristalina. Seu bojo é maior e ela é fechada na parte de cima. É boa especialmente para a parte aromática.



Para espumantes e/ou champagnes

Para um Champagne ou um espumante comum, a taça adequada é a que chamamos de flûte, ou flauta. Ela serve para que possam ser apreciadas as borbulhas, ou perlage. A taça fina também direciona a efervescência e os aromas para o nariz, enquanto controla o fluxo acima da língua, mantendo o equilíbrio entre a limpeza da acidez e a saborosa profundidade. Quanto mais bojo tiver a taça, melhor, pois se for reta demais no sentido longitudinal não irá realçar os aromas. Se o Champagne for Cuvée ou de safra especial, faz-se necessário um recipiente com corpo curvo, para que o apreciador possa sentir alguma fruta.




No próximo post: Mitos, cuidados e manuseio com as suas taças...