quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Um Malbec Patagônico!

Primogénito Malbec 2008
Bodega Patritti




   Este Malbec é bastante diferente dos que tenho provado por aqui. Foi uma descoberta da (mais ou menos) nova região vinícola da Argentina, a Patagônia. É um vinho com muito corpo, e taninos bastante fortes, foge um pouco dos tradicionais Malbecs Mendocinos... Este Malbec passou por 12 meses de barrica francesa de primeiro uso, e mais 12 meses evoluindo em garrafa.

Cor: vermelho intenso, muito brilhante e de tons violáceos nas bordas.

Aroma: possui um aroma complexo, com madeira muito presente (como era de se esperar), logo que aberto o álcool também é evidente dificultando os aromas. Depois de um tempo desrolhado podemos começar a perceber outros aromas, algo de tabaco e uma leve fruta, porém esta ultima muito mascarada pela madeira.

Boca: um vinho extremamente adstringente, tem-se a sensação de estar tomando um cabernet, mas no final de boca eis que surge a fruta do Malbec... como no aroma um vinho bastante complexo, fica um pouco mais macio depois de 1 hora aberto, mas ainda sim um vinho muito potente. Vinhaço!

Percepção: um vinho ótimo, sei que ainda preciso melhorar minhas classificações mas prometo para 2013 fazer algo mais entendível. Enfim um ótimo vinho e com um custo benefício (pelo menos aqui na Argentina) muito justo, um dos melhores que provei desde a criação do Blog.

Preço/onde comprar: paguei os justos $77,00 Pesos Argentinos. Com certeza vou buscar outras, espero que ainda esteja este preço. Não encontrei a venda no Brasil.


Degustado por: Alexandre & Raquel

sábado, 15 de dezembro de 2012

O favorito da Raquel!


Don Nicanor Blend 2010
Bodega Nieto Senetiner





   O título deste novo post diz tudo, é o favorito da minha mulher... É, entre os diversos vinhos que já provamos juntos este é o que ela ainda continua chamando de "meu favorito". Este vinho da Bodega Nieto Senetiner é um Blend fantástico (34% cabernet, 33% Malbec e 33% Merlot), me foi apresentado a alguns anos pelo amigo Ademir Brum e na ocasião ele me disse: "Este vinho normalmente as mulheres gostam bastante", e ele estava coberto de razão, como em todos os vinhos que me indicou até hoje. Um vinho completo e que agrada muitos paladares, e encantou o paladar daquela que me encanta todos os dias... bom vamos aos fatos:

Cor: vermelho intenso (bordô nas palavras da Rake), violáceo na melhor forma de ser...

Aroma: é um vinho complexo, com madeira, frutas negras (como amora) bastante presentes, muito provavelmente da sua porção de malbec, notas de canela e algo de cacau, um café se pode perceber também... enfim uma festa para o olfato e desafio para o cérebro!

Boca: com muito corpo, um vinho potente, taninos fortes e bastante adstringente, mas ao mesmo tempo frutado e macio na boca. Não sei como explicar bem mas possui um tanino forte e ao mesmo tempo agradável.

Percepção: um ótimo vinho na minha opinião e na da Raquel simplesmente o favorito. Recomendamos e muito!

Preço/onde comprar: em Rosario o preço deste vinho fica em torno de $70,00 pesos Argentinos, mais do que justo na minha opinião. Encontrei em alguns sites com diferentes safras e preços (desde R$50 até R$65). Assim preferi não recomendar um local de compra pois não encontrei exatamente o 2010... mesmo assim outras safras são igualmente muito boas.

Degustado por: Raquel e Alexandre

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Degustação na Peña del Sur!


Eu e o amigo José Casto (popular Zezé)

    Este é um post especial, digo especial pois a bastante tempo queria postar essa degustação acompanhada de um belo jantar no restaurante dos amigos Leandro e Zezé, a  Peña del Sur onde servem os melhores assados de parrillada do sul do Brasil. A Peña del Sur fica localizada na cidade de Montenegro no Rio Grande do Sul e considero um cantinho do Uruguai em pleno Rio Grande. Confiram o site da Parrilla para mais informações: http://penadelsur.com.br/.

   Neste post vamos falar de dois vinhos que foram tomados em um jantar muito especial acompanhado de vários amigos.

   Começamos com um Cabernet da Del Fin del Mundo, e depois passamos para um Catena Malbec. Ambos vinhos ótimos, cada um na sua característica. Não vou fazer a avaliação da forma tradicional mas seguem os comentários para cada um dos vinhos:


Del Fin del Mundo Reserva Cabernet Sauvignon 2009
Bodegas Del Fin del Mundo


  Vinho muito interessante, aromático como poucos cabernets, taninos moderados, com um final de boca muito macio, um ótimo vinho que eu recomendo!



Catena Malbec 2010
Bodega Catena Zapatta.

    Este segundo já foi mais potente, muito aromático, mas também bastante adstringente. Um vinho com mais corpo que o primeiro mas igualmente um ótimo vinho, da mesma forma que o Cabernet anterior, recomendo sem medo.



Não tirei nenhuma foto deste vinho no jantar por isso o ano não corresponde, mas como referência o rótulo é este.


E o Jantar??

   Estes dois ótimos vinhos acompanharam alguns pratos típicos do Uruguai entre eles alguns que ilustro abaixo:


A famosa Batata três queijos da Peña

Assado de Tiras

E a linguiça parrillera.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Malbec, Malbec, Malbec...


Trumpeter Reserva 2010 - Malbec
Bodegas La Rural





   O título deste post é para mostrar o como esta cepa é difundida aqui na Argentina. Malbec é o que todo mundo pensa quando vai comprar vinhos Argentinos, realmente Malbec é uma das cepas que mais tenho degustado aqui neste país e entendo porque é tão comentada por aqui (e fora também). Realmente a Argentina tem mostrado grande talento para esta cepa, e abaixo adiciono algumas informações sobre a cepa que extrai do site: http://www.winesofargentina.org:

      A Malbec é a cepa insigne da Argentina, país que possui a maior superfície cultivada com Malbec no mundo. É uma cepa originária do Sudoeste francês, onde é chamada Côt, de estilo tânico e duro. Pela intensa cor e seus matizes escuros, os vinhos obtidos com esta variedade eram chamados “vinhos negros de Cahors”. Estes vinhos se consolidaram na Idade Média e acabaram de se fortalecer na modernidade.
     A conquista do mercado inglês foi um passo decisivo na valoração desta cepa na Inglaterra e no mundo.
     Em 1852 esta variedade é trazida para a Argentina por Michel A. Pouget, Engenheiro Agrônomo francês contratado pelo governo nacional deste país.
      Em 1863, a praga de filoxera destruiu a viticultura francesa e a “Cot” caiu no esquecimento deixando no entanto uma cultura de apreciação da Malbec já construída.
      A Malbec em particular se adapta rapidamente aos diversos terroirs que a geografia do país oferece e começa a produzir vinhos inclusive melhores do que os da sua terra de origem.
     A Argentina se transforma no único país onde se encontram cepas originais de Malbec autenticamente provenientes da França.
     
    Atualmente, a Argentina é o principal produtor de Malbec do mundo, com 76,603 acres plantados ao longo de todo o país, seguido pela França (13,097 acres), Itália, Espanha, África do Sul, Nova Zelândia e USA.
     Os vinhateiros argentinos cultivaram a Malbec extensamente em todas as regiões vinícolas argentinas. Atualmente pode-se encontrar Malbecs opulentas e vigorosas ao longo da Cordilheira de Los Andes (desde Salta até a Patagônia).
    Mendoza é a principal região vitivinícola argentina. Nela se concentram 85% dos cultivos de Malbec, com 65,730 acres. Seguem San Juan, com 2,720 acres; Patagônia (Neuquén e Rio Negro), com 2,230 acres; Salta, com 1,730 acres; e La Rioja, com 1,235 acres.
   Na Argentina temos DOC (Denominação de Origem Controlada) para a Malbec em algumas regiões. Esta denominação protege o nome da zona e obriga os produtores a manterem um alto nível de qualidade nos vinhos.

Cor: vermelho intenso, quase sangue, com leve ton telha/alaranjado nas bordas.

Aroma: especiarias como pimentas, se percebe a madeira bastante presente no aroma. Notas florais aparecem depois de um tempo. Um aroma bastante complexo que me rendeu um bom tempo tentando decifrar. Depois de um tempo aberto e descansando na taça aparece nitidamente o pão tostado com final doce.

Boca: taninos moderados e sabor bastante frutado (fruta essa que não identifiquei tão facilmente no aroma) com final de boca seco. Madeira e notas doces como baunilha se percebem no paladar também.

Percepção: um vinho muito bom, com custo benefício muito justo, e acredito que este 2010 está no ponto para ser bebido. Recomendo!

Preço/onde comprar: paguei apenas $45,00 pesos argentinos por este vinho, foi uma promoção na Bodega onde compro a maioria dos meus vinhos aqui, o preço normal é $70 - $75 pesos. Fico devendo onde comprar no Brasil pois não encontrei na internet.

Degustado por: Alexandre