quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Um Malbec Patagônico!

Primogénito Malbec 2008
Bodega Patritti




   Este Malbec é bastante diferente dos que tenho provado por aqui. Foi uma descoberta da (mais ou menos) nova região vinícola da Argentina, a Patagônia. É um vinho com muito corpo, e taninos bastante fortes, foge um pouco dos tradicionais Malbecs Mendocinos... Este Malbec passou por 12 meses de barrica francesa de primeiro uso, e mais 12 meses evoluindo em garrafa.

Cor: vermelho intenso, muito brilhante e de tons violáceos nas bordas.

Aroma: possui um aroma complexo, com madeira muito presente (como era de se esperar), logo que aberto o álcool também é evidente dificultando os aromas. Depois de um tempo desrolhado podemos começar a perceber outros aromas, algo de tabaco e uma leve fruta, porém esta ultima muito mascarada pela madeira.

Boca: um vinho extremamente adstringente, tem-se a sensação de estar tomando um cabernet, mas no final de boca eis que surge a fruta do Malbec... como no aroma um vinho bastante complexo, fica um pouco mais macio depois de 1 hora aberto, mas ainda sim um vinho muito potente. Vinhaço!

Percepção: um vinho ótimo, sei que ainda preciso melhorar minhas classificações mas prometo para 2013 fazer algo mais entendível. Enfim um ótimo vinho e com um custo benefício (pelo menos aqui na Argentina) muito justo, um dos melhores que provei desde a criação do Blog.

Preço/onde comprar: paguei os justos $77,00 Pesos Argentinos. Com certeza vou buscar outras, espero que ainda esteja este preço. Não encontrei a venda no Brasil.


Degustado por: Alexandre & Raquel

sábado, 15 de dezembro de 2012

O favorito da Raquel!


Don Nicanor Blend 2010
Bodega Nieto Senetiner





   O título deste novo post diz tudo, é o favorito da minha mulher... É, entre os diversos vinhos que já provamos juntos este é o que ela ainda continua chamando de "meu favorito". Este vinho da Bodega Nieto Senetiner é um Blend fantástico (34% cabernet, 33% Malbec e 33% Merlot), me foi apresentado a alguns anos pelo amigo Ademir Brum e na ocasião ele me disse: "Este vinho normalmente as mulheres gostam bastante", e ele estava coberto de razão, como em todos os vinhos que me indicou até hoje. Um vinho completo e que agrada muitos paladares, e encantou o paladar daquela que me encanta todos os dias... bom vamos aos fatos:

Cor: vermelho intenso (bordô nas palavras da Rake), violáceo na melhor forma de ser...

Aroma: é um vinho complexo, com madeira, frutas negras (como amora) bastante presentes, muito provavelmente da sua porção de malbec, notas de canela e algo de cacau, um café se pode perceber também... enfim uma festa para o olfato e desafio para o cérebro!

Boca: com muito corpo, um vinho potente, taninos fortes e bastante adstringente, mas ao mesmo tempo frutado e macio na boca. Não sei como explicar bem mas possui um tanino forte e ao mesmo tempo agradável.

Percepção: um ótimo vinho na minha opinião e na da Raquel simplesmente o favorito. Recomendamos e muito!

Preço/onde comprar: em Rosario o preço deste vinho fica em torno de $70,00 pesos Argentinos, mais do que justo na minha opinião. Encontrei em alguns sites com diferentes safras e preços (desde R$50 até R$65). Assim preferi não recomendar um local de compra pois não encontrei exatamente o 2010... mesmo assim outras safras são igualmente muito boas.

Degustado por: Raquel e Alexandre

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Degustação na Peña del Sur!


Eu e o amigo José Casto (popular Zezé)

    Este é um post especial, digo especial pois a bastante tempo queria postar essa degustação acompanhada de um belo jantar no restaurante dos amigos Leandro e Zezé, a  Peña del Sur onde servem os melhores assados de parrillada do sul do Brasil. A Peña del Sur fica localizada na cidade de Montenegro no Rio Grande do Sul e considero um cantinho do Uruguai em pleno Rio Grande. Confiram o site da Parrilla para mais informações: http://penadelsur.com.br/.

   Neste post vamos falar de dois vinhos que foram tomados em um jantar muito especial acompanhado de vários amigos.

   Começamos com um Cabernet da Del Fin del Mundo, e depois passamos para um Catena Malbec. Ambos vinhos ótimos, cada um na sua característica. Não vou fazer a avaliação da forma tradicional mas seguem os comentários para cada um dos vinhos:


Del Fin del Mundo Reserva Cabernet Sauvignon 2009
Bodegas Del Fin del Mundo


  Vinho muito interessante, aromático como poucos cabernets, taninos moderados, com um final de boca muito macio, um ótimo vinho que eu recomendo!



Catena Malbec 2010
Bodega Catena Zapatta.

    Este segundo já foi mais potente, muito aromático, mas também bastante adstringente. Um vinho com mais corpo que o primeiro mas igualmente um ótimo vinho, da mesma forma que o Cabernet anterior, recomendo sem medo.



Não tirei nenhuma foto deste vinho no jantar por isso o ano não corresponde, mas como referência o rótulo é este.


E o Jantar??

   Estes dois ótimos vinhos acompanharam alguns pratos típicos do Uruguai entre eles alguns que ilustro abaixo:


A famosa Batata três queijos da Peña

Assado de Tiras

E a linguiça parrillera.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Malbec, Malbec, Malbec...


Trumpeter Reserva 2010 - Malbec
Bodegas La Rural





   O título deste post é para mostrar o como esta cepa é difundida aqui na Argentina. Malbec é o que todo mundo pensa quando vai comprar vinhos Argentinos, realmente Malbec é uma das cepas que mais tenho degustado aqui neste país e entendo porque é tão comentada por aqui (e fora também). Realmente a Argentina tem mostrado grande talento para esta cepa, e abaixo adiciono algumas informações sobre a cepa que extrai do site: http://www.winesofargentina.org:

      A Malbec é a cepa insigne da Argentina, país que possui a maior superfície cultivada com Malbec no mundo. É uma cepa originária do Sudoeste francês, onde é chamada Côt, de estilo tânico e duro. Pela intensa cor e seus matizes escuros, os vinhos obtidos com esta variedade eram chamados “vinhos negros de Cahors”. Estes vinhos se consolidaram na Idade Média e acabaram de se fortalecer na modernidade.
     A conquista do mercado inglês foi um passo decisivo na valoração desta cepa na Inglaterra e no mundo.
     Em 1852 esta variedade é trazida para a Argentina por Michel A. Pouget, Engenheiro Agrônomo francês contratado pelo governo nacional deste país.
      Em 1863, a praga de filoxera destruiu a viticultura francesa e a “Cot” caiu no esquecimento deixando no entanto uma cultura de apreciação da Malbec já construída.
      A Malbec em particular se adapta rapidamente aos diversos terroirs que a geografia do país oferece e começa a produzir vinhos inclusive melhores do que os da sua terra de origem.
     A Argentina se transforma no único país onde se encontram cepas originais de Malbec autenticamente provenientes da França.
     
    Atualmente, a Argentina é o principal produtor de Malbec do mundo, com 76,603 acres plantados ao longo de todo o país, seguido pela França (13,097 acres), Itália, Espanha, África do Sul, Nova Zelândia e USA.
     Os vinhateiros argentinos cultivaram a Malbec extensamente em todas as regiões vinícolas argentinas. Atualmente pode-se encontrar Malbecs opulentas e vigorosas ao longo da Cordilheira de Los Andes (desde Salta até a Patagônia).
    Mendoza é a principal região vitivinícola argentina. Nela se concentram 85% dos cultivos de Malbec, com 65,730 acres. Seguem San Juan, com 2,720 acres; Patagônia (Neuquén e Rio Negro), com 2,230 acres; Salta, com 1,730 acres; e La Rioja, com 1,235 acres.
   Na Argentina temos DOC (Denominação de Origem Controlada) para a Malbec em algumas regiões. Esta denominação protege o nome da zona e obriga os produtores a manterem um alto nível de qualidade nos vinhos.

Cor: vermelho intenso, quase sangue, com leve ton telha/alaranjado nas bordas.

Aroma: especiarias como pimentas, se percebe a madeira bastante presente no aroma. Notas florais aparecem depois de um tempo. Um aroma bastante complexo que me rendeu um bom tempo tentando decifrar. Depois de um tempo aberto e descansando na taça aparece nitidamente o pão tostado com final doce.

Boca: taninos moderados e sabor bastante frutado (fruta essa que não identifiquei tão facilmente no aroma) com final de boca seco. Madeira e notas doces como baunilha se percebem no paladar também.

Percepção: um vinho muito bom, com custo benefício muito justo, e acredito que este 2010 está no ponto para ser bebido. Recomendo!

Preço/onde comprar: paguei apenas $45,00 pesos argentinos por este vinho, foi uma promoção na Bodega onde compro a maioria dos meus vinhos aqui, o preço normal é $70 - $75 pesos. Fico devendo onde comprar no Brasil pois não encontrei na internet.

Degustado por: Alexandre

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Chenín, que branco é este?

Montchenot Blanco 2011
Bodegas Lopez




   Este branco foi uma indicação da bodega onde regularmente compro vinhos aqui em Rosario. Achei interessante porém simples. É produzido a partir da uva Chenín.
   Chenin blanc ou simplemente Chenin, é uma cepa de uva branca onde sua qualidade é considerada mediana. Ela também é conhecida por Pineau d’Anjou, Pineau de la Loire, Pineau Vert, Pinot Branco, Rousselin, Steen e Tite de Crabe. É a uva mais plantada na África do Sul produz também alguns dos mais representativos vinhos brancos do Vale do Loire, na França.
    Esta cepa produz vinhos muito emblemáticos na região de Anjou na França e ao mesmo tempo pode servir de base para vinhos simples de mesa. É considerada uma cepa bastante versátil.

Cor: amarelo palha, com reflexos dourados, bastante atrativo na coloração.

Aroma: citrico com notas de abacaxi, bem simples, pouco tem a oferecer no que diz respeito a aroma.

Boca: pouca acidez, leve frutado, cítrico como o aroma, adstringência moderada. Um vinho com pouco a oferecer mas refrescante e descomplicado.

Percepção: um vinho médio, acredito que na mesma faixa de preço existam melhores. Pode ser a Chenín Blanc não se adaptou ao meu paladar, mas ainda fico com os Sauvingon Blancs e Chardonnay.

Preço/onde comprar: paguei apenas $39,00 pesos argentinos. Por este preço conseguimos brancos muito melhores.

Degustado por: Alexandre

domingo, 25 de novembro de 2012

Simples, jovem e Malbec...


Portillo Malbec 2011
Bodegas Salentein



   Vinho bom e barato, excelente pedida para o verão que chega. Serviu de acompanhamento para uma pizza com massa feita em casa (minha primeira).
    Gosto muito desta Bodega a Salentein,  é uma vinícola de Mendoza e possui ótimos vinhos. Este é um dos vinhos de entrada da Salentein, bastante jovem e frutado, mas mesmo assim um bom vinho.

Cor: vermelho violáceo intenso, muito jovem e brilhante.

Aroma: frutas vermelhas e negras, principalmente amora e cereja, muito aromático e de fácil percepção! Possui uma leveza no aroma que chega a ser refrescante.

Boca: pouca acidez, taninos moderados, um vinho leve e fácil de beber, como mencionado anteriormente bastante refrescante e ideal para o verão. Se percebe bastante a fruta no paladar também.

Percepção: um vinho bom, não é um vinho complexo e cheio de nuances, mas recomendo bastante para quem gosta de vinhos frutados ou quem procura um vinho leve para o verão. Ótimo custo benefício.

Preço/onde comprar: paguei apenas $30,00 pesos argentinos. Muito justo preço e arrisco a dizer até barato. Recomendo! Encontrei por R$30,00 aproximadamente em diversas lojas virtuais do Brasil, a preços de Brasil estaria coerente, mas acho que vale até uns R$25,00 no máximo (apenas minha humilde opinião).

Degustado por: Alexandre

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Um ilustre desconhecido!

Taymente - Cabernet Souvignon 2009
Bodegas Huarpe Wines




   Esse vinho foi uma bela surpresa, como diz o título do post um desconhecido que se mostrou muito interessante, antes de provar não havia ouvido falar nem do vinho nem da bodega. Entretanto podemos dizer que casou muito bem com um entrecot acompanhado de legumes grelhados, e mais importante que isso apreciados na sacada do meu apartamento em Rosario de frente al Gran Rio Paraná. Ótima surpresa espero que gostem.

Cor: vermelho violáceo intenso, com um leve reflexo telha nas bordas,  o que deu ao vinho uma coloração muito elegante.

Aroma: frutas escuras, talvez até de frutas passas. O álcool permanece bastante presente no aroma, mesmo depois de um tempo aberto (não chega a ser um problema). Este cabernet se mostrou muito complexo e por isso interessantíssimo nos aromas. Difícil de descrever.... Mas notas de tabaco ainda que tímidas se mostraram presentes

Boca: acidez intensa, bastante encorpado, o tipo do vinho que fica presente mesmo depois de algum minutos, muito bom! Fruta pouco presente na boca, mas ainda sim um vinho agradável que te convida a próxima "copa".


Percepção: um vinho muito bom, com taninos fortes mas equilibrados e como mencionado anteriormente, te convida a outra taça, recomendo muito.

Preço/onde comprar: paquei a bagatela de $50,00 Pesos Argentinos, não encontrei para vender no Brasil mas sugiro acessar o site da vinícola para entender um pouco mais http://www.huarpewines.com.

Degustado por: Alexandre & Raquel

sábado, 17 de novembro de 2012

Espumante na área...

Espumante Nieto Senetiner Brut Nature
Bodegas Nieto Senetiner



   Com a chegada do verão, nada como uma boa espumante. Esta Nieto Stenetiner (não safrada), é uma excelente opção para os dias quentes de Rosario. Recomendo e espero que provem!
    Para entender a diferença entre Brut, Extra Brut e Brut-natura podemos analisar as descrições abaixo:
  • Brut-nature: é aquele sem adição de açúcar, com pouco açúcar ou zero. Esta categoria de vinhos é definida, na França, por uma lei de 1996.
  • Extra-brut: de 0 a 6 g/l. A Maison Laurent-Perrier foi a primeira a colocar no mercado um champagne extra-brut em 1981.
  • Brut: até 15 g/l. Em 1876 os franceses elaboraram o champagne brut para satisfazer os britânicos amantes de vinhos secos, que não era o caso dos franceses na época.
    Existem ainda os espumantes Semi-Secos (Demi-sec) o Moscatel e assim por diante, sempre mais doces com mais açúcar residual. Para meu paladar particularmente fico com os Bruts!


Cor: uma coloração bronze  muito interessante, quase um rosé (embora não sendo uma espumante rosé) com perlage extremamente fina e persistente, límpido como uma boa espumante deve ser. Sensacional visualmente

Aroma: um aroma intenso de frutas cítricas e muito floral, com um pouco de atenção pode-se sentir um aroma doce de baunilha.

Boca: acidez na medida certa, o floral prevalece no final da boca. um ótimo espumante bem recomendado para o verão!


Percepção: como já mencionei na descrição de aroma, cor e boca, uma espumante extremamente equilibrada entre acidez corpo. muito refrescante e a cada taça te convida a uma próxima! Ótima espumante

Preço/onde comprar: esta espumante está $74.00 Pesos Argentinos por aqui. Ganhei ela na compra de outras 3 espumantes Nieto que comprei em uma vinoteca aqui em Rosario. Encontrei por R$ 36,00 na loja virtual www.lojadebebidas.com.br acredito ser extremamente justo o preço pela qualidade da espumante.

Degustado por: Alexandre & Raquel

domingo, 11 de novembro de 2012

Australiano Jacob's Creek!

Jacob's Creek Reserve - Shiraz 2008
Orlando Wines, Barossa Valley





   Syrah ou Shiraz?? é a mesma coisa, depende somente da escrita se do Francês (Syrah) ou do Inglês (Shiraz). É uma cepa originária do Norte do Rhône, na França, onde produz grandes vinhos. No Novo Mundo, se consagrou principalmente na Austrália, onde é chamada de Shiraz e produz tintos poderosos, densos, encorpados e exuberantes. Este Shiraz se mostrou muito interessante e encorpado, em parte pelos seus 14,5% de álcool, mas acredito que também foi a idéia do autor uma vez que se nota a madeira sempre presente como poderão ver.


Cor: vermelho violáceo muito vivo, uma coloração muito bonita com matizes vermelho claro dependendo da incidência da luz.

Aroma: frutas vermelhas e negras, madeira bastante presente mas em perfeito equilíbrio com a fruta. Com muito boa vontade se pode sentir uma baunilha no aroma, ainda que tímida.

Boca: um vinho que enche a boca, bastante adstringente com final doce e intenso. A madeira parece mais presente na boca que no aroma, um vinho que da vontade tomar a próxima taça.

Percepção: é um vinho encorpado e intenso, não recomendo para que se encanta com os jovens frutados (mesmo ele tendo certa presença de fruta). Vinho muito bom, quase ótimo.

Preço/onde comprar: comprei esse vinho no Duty Free Shop. Paguei $31,50 USD (dólar americano). Diria que esperava um pouco mais do vinho, mas talvez eu esteja influenciado pelos preços muito atrativos aqui da Argentina. Diria que para o padrão Brasil está no preço...

Degustado por: Alexandre & Raquel

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Cata en Rosario - Bodega del Centro

   Amigos este vai ser um post um pouco diferente, no ultimo dia 1º de novembro fui convidado para uma degustação em uma bodega (loja de vinhos) aqui de Rosario, que eu frequento e levo seguido amigos para comprar algum vinho quando estão por aqui.
Primeiro vamos ao título do post: Cata?? Este é o termo utilizado por aqui para este tipo de evento, onde algumas bodegas vêem e expõe seus vinhos para as pessoas degustarem.. Bodega del Centro é o nome da loja.

   Achei a proposta do evento interessante, haviam cinco vinícolas expondo seu produtos cada uma delas com três vinhos de distintos níveis: o primeiro sempre um vinho jovem e de baixo custo, normalmente o vinho de entrada da vinícola, depois um intermediario, e por final os grandes figurões.

   Não preciso dizer que fiquei na volta das "celebridades" e provei apenas um que outro dos vinhos de entrada...

As vinícolas presentes no evento foram:

  • Bodega el Esteco
  • Familia Bianchi
  • Finca Las Moras
  • Bodega Saurus
  • San Pedro de Yacochuya


  Como disse antes este post vai ser um pouco diferente, vou tentar destacar minhas impressões dos vinhos mas não da forma tradicional e sim mais superficialmente pois não pude tirar o tempo necessário para analisar em detalhe cada um dos vinhos. Começamos então...

Particular 2005 - Cabernet Sauvignon
Familia Bianchi





   Podemos começar dizendo que este foi o melhor da noite, não só na minha opinião mas como também de várias outras pessoas que comentei sobre este vinho. Poderia dizer que este vinho está no auge da sua vida, com aromas de baunilha,  madeira enfim um buquê fantástico que se comprova no sabor, um vinho que enche a boca e tem um final macio e doce. É perfeitamente equilibrado, um vinho excelente! Comprei duas garrafas deste e me "regalaram" a terceira.


San Pedro de Yacochuya - 2008
Bodega San Pedro de Yacochuya





   Não é o vinho top festa vinícola até então desconhecida para mim. Um vinho leve e frutado que fica um tanto quanto apagado se comparado aos vinhos de mais alta gama que experimentamos na Cata, mas mesmo assim, um bom vinho. Um corte d85% Malbec. 15% Cabernet Sauvignon muito equilibrado.



Yacochuya - Malbec 2007
Bodega San Pedro de Yacochuya





   Um ótimo vinho,  Malbec com letras maiúsculas, é o " Gran Reserva" desta vinícola e se mostrou com todo o potencial para estar nesta classificação. Vinho encorpado, com aromas muito atrativos e um final de boca muito, muito bom. Não comprei nenhuma garrafa deste pois no final já tinha estourado o meu orçamento mas está na lista das próximas aquisições.


Ciclos Icono - 2009
Bodega el Esteco




   Na minha opinião o medalha de bronze da noite, vinho de corte (Cabernet Sauvignon 45%; Malbec 38% e Syrah 17%) bastante fruta e madeira presente, com uma complexidade de aroma e boca muito interessantes, com final doce na boca. Comprei uma garrafa e na promoção ganhei outra!

Gran Syrah 2009
Finca las Moras





   Um Syrah na maior expressão da cepa, aroma intenso de frutas, e potente ao mesmo tempo, um ótimo vinho recomendo e muito! Foi o primeiro grande vinho que tomei da Finca las Moras, bodega esta que até então eu conhecia por vinhos mais simples, jovens e baratos. Na minha avaliação foi o segundo lugar da noite perdendo somente para o Particular da Familia Bianchi, mas com certeza foi a melhor surpresa da Cata.



Preços: todos os vinhos que comprei estavam na faixa dos $150,00 Pesos Argentinos. Vou pesquisar a disponibilidade dos mesmos no Brasil e aviso vocês onde comprar...


Degustados por: Alexandre Frio

PS: desculpem algumas fotos não muito boas, mas estava sem minha máquina fotográfica. Fotos do iPad.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Degustação em família!


Kaiken Corte - Malbec, Bonarda & Petit Verdot 2010
Bodega Kaiken




    Este corte, muito equilibrado e fácil de beber, é mais uma de minhas aquisições aqui na Argentina em busca do bom e barato. Essa mescla de Malbec, Bonarda e Petit Verdot passou 9 meses por barrica de carvalho francês e apesar de não ser um vinho de alta gama, foi aberto em uma ocasião muito especial, na visita de "mi mamá y mi hermana!" Acompanhou um entrecot na chapa com arroz e batata frita (típica comida improvisada de mãe). Como poderão ver abaixo é um vinho muito simples e frutado que recomendo para o verão, pelo custo benefício.

Cor: vermelho violáceo, muito atrativo. Coloração de vinho jovem, bem como ele deveria ser.


Aroma: frutas cítricas, especiarias, leve madeira, final de aroma com algo adocicado.

Boca: um vinho macio acidez e adstringência bem equilibrado, aveludado, fácil de beber, bem frutado.

Percepção: é um vinho jovem, fácil de beber, vinho para o dia-a-dia. Fresco pode ser bebido tranquilamente no verão.

Preço/onde comprar: adquiri este vinho no clube de cata Barcelona que faço parte aqui em Rosario. Saiu $40 Pesos Argentinos (este é um preço promocional o preço real fica acima dos $50,00). Encontrei ele na loja virtual http://www.vinci.com.br/ por R$53,00. Também encontrei por R$57,00 na http://www.bebidasimigrantes.com.br. Um pouco salgado na minha opinião, mas sabemos os motivos dos altos preços dos vinhos no Brasil.... infelizmente é assim!

Degustado por: Alexandre, Juliana (irmã) e Julia (mãe)

domingo, 28 de outubro de 2012

Chile x Argentina!


Morandé Gran Reserva - Cabernet Sauvignon 2010
Bodega Viña Morandé

Escorihuela Gascón - Malbec 2009
Bodega Ecorihuela Gascón





    Em recente visita a cidade de Horizontina, onde trabalhei por mais de 6 anos e é cidade natal da Raquel, estivemos visitando o Eduardo e a Milena (Milena minha cunhada, irmã da Raquel).  Nestes dias tive a oportunidade de degustar 2 vinhos juntamente com meu amigo (e concunhado) Eduardo. Com minha recente adesão ao mundo dos blogs ele me convidou à degustarmos dois vinhos de sua adega e juntos tentamos aqui colocar nossas impressões sobre os vinhos.

Morandé Gran Reserva - Cabernet Sauvignon 2010
Bodega Viña Morandé


Cor: vermelho intenso com tons violáceos nas bordas. Bonita cor e com brilho muito atrativo.


Aroma: madeira bastante presente mas não a ponto de ser defeito. Aromas de especiarias, notas doces de frutas cristalizadas, depois de um tempo evoluiu para um aroma de frutas negras.

Boca: Acidez acentuada no início, suavisou depois mas continuou acima do desejado. Pouca adstingência e taninos moderados. Final de boca deixou a desejar.

Percepção: é vinho bom, com cor e aroma que prometiam mais no sabor do que verdadeiramente pudemos encontrar. Esperava mais em termos de boca deste chileno, não é o vinho que eu esperava, mas ainda um bom vinho. Procurei em outros blogs e as percepções de sabor para outros colegas blogueiros foram melhores que eu encontrei, talvez a garrafa não estivesse 100%, ainda vou provar outro para ver se confirmo minhas percepções.

Preço/onde comprar: como o vinho foi degustado a convite do Eduardo então eu não deveria entrar nos detalhes de custo mas ele me disse que pagou aproximadamente $13,00 dólares nos free shops de Rivera. Verifiquei na internet e encontrei um preço de R$79,00 no varanda.com.br, mas não pude identificar a safra. Eu não pagaria no Brasil mais de R$40 ~ R$45,


Escorihuela Gascón - Malbec 2009
Bodega Ecorihuela Gascón

Cor: vermelho violáceo muito atrativo, bem característico do Malbec.
Aroma: bem frutado, frutas vermelhas com notas de frutas cítricas. O carvalho não ficou evidente mas deu notas de epeciarias ao vinho. Também foi possível perceber algo de anis.
Boca: um vinho muito agradável, macio no final de boca com taninos bem equilibrados, fruta bastante presente também no sabor.
Percepção: é um bom vinho, com um final de boca muito bom mesmo. Vinho que eu diria não ser para o dia-a-dia, mas também nenhum "figurão" algo intermediário. Recomendo dependendo do preço pois não pagaria muito por este vinho
Preço/onde comprar: no mesmo caso do chileno degustado neste post esse Argentino foi comprado pelo Eduardo por volta de $13,00 dólares. Encotrei na loja grancru.com.br por R$49. Acho que seria justo pagar no máximo R$35 ~R$40.
Degustado por: Alexandre & Eduardo.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Um blend muito interessante!

Cruz Alta Blend Reserve - 2009
Bodega La Rural


    Este blend é mais um vinho da Bodega La Rural aqui da Argentina. É um vinho muito interessante pois possui no seu corte 50% de Cabernet Sauvignon, 30% Malbec e 20% Merlot, com vinhedos de 15 anos para o Cabernet e Malbec e 4 anos para o Merlot. Além desse corte, que confere uma excelente complexidade ao vinho, 100% do corte passou em barrica de carvalho francês de 1º e 2º uso por 12 meses. Realmente me surpreendeu em todos os sentidos como poderão ver a seguir. Tive a oportunidade de visitar a Bodega La Rural em 2010 com minha mulher Raquel e recomendo os vinhos produzidos por esta casa.

Cor: vermelho intenso com tons violáceos dependendo da incidencia da luz, cor excelente muito atrativa.

Aroma: frutas vermelhas como morango, bem equilibradas com a madeira bem presente no aroma. Leve baunilha e no final notas de tabaco também podem ser percebidas. Assim como a cor, um aroma excelente e complexo.

Boca: um vinho forte, encorpado mas com acidez e adstringencia moderadas (diria que em um equilíbrio perfeito). Neste corte a La Rural  conseguiu combinar muito bem a estrutura do Cabernet com a fruta do Malbec. Em um primeiro momento o alcóol chega a esconder um pouco a fruta mas o final de boca é extremamente complexo deixando notas frutadas mescladas com a madeira. Com pouco tempo de garrafa aberta o excesso de alcóol sai e o vinho cresce.

Percepção: é um vinho muito bom, muito bom mesmo (não o avalio como um ótimo vinho por puro capricho). Conseguiu me surpreender, pois seu custo está bem abaixo Trumpeter Reserva, vinho da mesma bodega.

Preço/onde comprar: paguei exatos $45,08 Pesos Argentinos, excelente preço, diria que desde a criação deste humilde blog foi o que apresentou melhor custo/benefício. Procurei bastante e não encontrei nas lojas virtuais do Brasil, enviei uma mensagem para a Bodega perguntando se é exportado, assim que me responderem eu posto se é possível (ou não) comprar no Brasil.
Degustado por: Alexandre Frio

sábado, 20 de outubro de 2012

Torrontés o branco emblemático da Argentina...

Ciclos Torrontés 2011
Bodega El Esteco


      Amigos, este branco eu comprei em uma Bodega aqui de Rosario, e com a proximidade do verão e temperaturas mais quentes, um branco leve e frutado é sempre uma boa pedida. Desta vez além da  publicação habitual das minhas impressões sobre o vinho degustado vou adicionar aqui um pouco mais de informação sobre essa cepa branca ainda pouco conhecida no Brasil a Torrontés.
O texto abaixo são frações extraidas do site: http://www.winesofargentina.org

TORRONTÉS

     Na Argentina existem três tipos de Torrontés: o mendocino e o sanjuanino, mais aptos para o consumo em fresco; e o riojano, que é o mais cultivado e aquele que expressa as melhores qualidades para a elaboração de vinhos finos, muito frutados e ao mesmo tempo secos. Este último já recebeu vários galardões internacionais.
     O surgimento da Torrontés, atual cepa emblemática argentina para os vinhos brancos, foi possível pelo cruzamento genético de duas variedades incorporadas durante o longo período colonial: uva preta e moscatel de Alejandria ou uva da Itália, antecessoras do Torrontés (Agüero, 2003). A identificação desta nova cepa foi um processo complexo e acidentado. No início, a Torrontés conviveu misturada com outras cepas, sem que os viticultores notassem que era um vinhedo diferente.
     Das três variantes de Torrontés (mendocina, sanjuanina e riojana), a mais importante é a Torrontés riojana, pois é a única uva criolla originada na América, de alto valor enológico e relevância comercial que conseguiu um notável reconhecimento no mercado, constituindo a segunda exportação de vinhos brancos da Argentina.

Cor: amarelo dourado claro, bem claro. Dependendo da luz ele pode ter aspectos esverdiados.

Aroma: aroma de frutas cítricas, lembra abacaxi. Tem notas florais bem presentes (característica da cepa).

Boca: vinho leve e refrescante, acidez moderada. Como no aroma, um sabor bem frutado e ideal para o verão Rosarino que me espera. Adocicado como deve ser a torrontés, fácil de beber

Percepção: Um bom vinho, esperava mais pela propaganda que me fez o amigo da Bodega Del Centro (onde comprei esse vinho aqui em Rosário), mas mesmo assim um bom vinho, talvez criei muita espectativa, mas depois de tomar 2 taças e refletir sobre ele eu recomendo sim uma boa compra. 

Preço/onde comprar: Como disse paguei $50,00 pesos Argentinos, e não encontrei no Brasil algum lugar que venda, se alguém souber por favor avise, pois recomendo. Preço justo.

Degustado por: Alexandre Frio

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Descoberta de Flores da Cunha

Salvattore Cabernet Sauvignon 2005
Vinícola Salvador - Flores da Cunha, RS

    Como diz o título deste post, uma Descoberta de Flores da Cunha! Já ouvi falar bastante sobre os vinhos dos Altos Montes da região de Flores da Cunha, por amigos revistas etc... Mas a verdade é que experimentei poucos vinhos da região até hoje, e nos poucos que tomei, a maioria não me chamou a atenção. Mas este vinho me surpreendeu positivamente e digo porque: como poderão perceber no tópico preço/onde comprar esse vinho eu não comprei e sim ganhei de um amigo de São Sebastião do Cai, o "Fera" como é conhecido, também conhecido por poucos como Alexandre Oderich.
   Em uma das nossa noites de "degustação moderada" de vinhos, já a quase um ano atrás ao final este meu "tocaio" me presenteou com esse vinho e deu uma garrafa para outro amigo nosso o Zezé (que logo vão ouvir falar dele aqui nesse blog) que honestamente não lembro qual era a história por trás das garrafas (mas tinha uma história).
   Guardei esse vinho por um bom tempo e resolvi ver o que essa garrafa estava escondendo... resultado foi um belo vinho muito fácil de tomar e com sabor que mostrava estar no auge da sua evolução.
Cor: vermelho telha, bem puxado ao marrom, com uma coroa alaranjada bem evidente da sua idade....
Aroma: intenso de frutas negras passas, pimentas, notas de madeira e tabaco, com final adocicado de frutas cristalizadas, e como muito bem relatou a Raquel um aroma de chocolate meio amargo.
Boca: macio no início, com final de boca muito bom (difícil de descrever na verdade), adstringência moderada, e notas doces muito presentes como no aroma. Acompanhou bem uma carne e depois do almoço pela sua doçura podemos continuar degustando sem sentir falta do acompanhamento.
Percepção: Está entre bom e muito bom, e por ser um vinho já de certa idade da Serra Gaúcha surpreendeu por sua alta qualidade mesmo com o passar dos anos.
Preço/onde comprar: este vinho não sei quanto custou pois foi presente como comentei anteriormente, mas encontrei na internet em um site a safra 2010 por R$24,00. Muito justo o preço se o nível for do 2005. O preço foi encontrado no site Vinhos & Sabores.

Degustado por: Alexandre Frio e Raquel Wichrowski